sábado, 3 de outubro de 2009

Crisálida


Se arrastando em vão com um esforço sobre-humano vai.
O até quando se faz eterno e a cálida esperança lança seu lastro.
O que espera aquele que se arrasta?
O que espera aquele que caminha ao encontro de seu desconhecimento?
No caminhar roupagens vão ficando pois não nos cabe mais, porém nada muda.
A natureza nos força a seguir o curso, o que nos cerca vai impondo a mediocridade.
É comer e prosseguir.
Até quando? É a pergunta que surge na inquietude, ela ecoa com tanta força que se torna ensurdecedora.
A voz interna em muitos de nós inconforma-se com a forma.
O que somos não cabe no odre que temos, trocar de pele para só ampliar os movimentos não é suficiente.
Urge a transformação: Venha crisálida !!
Deixar de ser para se tornar o que realmente é.
Abandonar o conhecido, o eterno engessamento e na suposta morte nascer em novidade.
Decidindo parar, desistindo de ser e entregando-se; o que era não será mais.
Plena morte em vida, metamorfoseando, deixando as amarras, largando as impossibilidades e rompendo com a dura casca que nos fez crer que isso era tudo.
Esticando-nos ao sair, e indo.
Oxalá todos possam encontrar rapidamente com o tempo de: CRISÁLIDA

2 comentários:

  1. Rapaz... tu és um poeta mesmo! Que Deus abençoe esse talento!Abraços

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  2. "Deixar de ser para se tornar o que realmente é."

    Taí o desafio.

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