quarta-feira, 28 de outubro de 2015

CRIANÇA!


Joelho ralado e desembesta a chorar.
Não corra menina, não sabe andar?
Na hora do almoço legumes ao lado.
Junte tudinho, vai comer separado?


Levada da breca, arteira que só.
Palmada na bunda depois nos dá dó,
Mas logo esquece aquele ardor,
Pois muito mais forte é à força do amor.

A vida é bem leve parece um balão,
O tempo é âncora me prende no chão?
EURECA! É isto, a verdade plena.
Nem lá e nem cá, planar vale a pena.

O tempo ensina é conversa de adulto
“Você aprenderá”, parece insulto.
O mundo sou eu, depois ele é meu, mais tarde é nosso.
Eu quero tudo. Quem sabe uma parte? Eu tenho o que posso.

E quando o hoje se torna em ido,
Aquele ensino faz todo sentido.
Quem sabe crescer sem perder o frescor?
Viver o singelo, o simples, o amor.