domingo, 27 de junho de 2010

Tem coisas tão boas na vida!



Tem coisas tão boas na vida, que merecem maior atenção.
Os dias sem dores, o cheiro das flores, o sabor do mamão.
Tem coisas tão boas na vida, que merecem maior atenção.
O abraço apertado, as palavras do calado, o aperto de mão.


Tem coisas tão boas na vida, que merecem maior atenção.
A pipa no alto, a mulher de salto e o rodar do pião.
Tem coisas tão boas na vida, que merecem maior atenção.
A risada exagerada, a roupa passada e o tom do batom.


Tem coisas tão boas na vida, que merecem maior atenção.
O pão com manteiga, o café com leite e o pé no chão.
Tem coisas tão boas na vida, que merecem maior atenção.
O ar que respiro, o profundo suspiro e o bater do coração.


Tem coisas tão boas na vida, que merecem maior atenção.
A família querida, o sarar da ferida e o estender das mãos.
Tem coisas tão boas na vida, que merecem maior atenção.
Não ser tão sisudo, deixar de ser mudo e sentir compaixão.
Tem coisas tão boas na vida, que merecem maior atenção.
O sonho acordado, poder ser amado e viver com paixão.


Tem coisas tão boas na vida, que merecem maior atenção.

Atente, portanto pra elas e viva a vida então.
Saber que a vida passa, quer você viva, ou assim não faça,
Não é tom de ameaça e sim de perceber, que ela é fruto da GRAÇA.

terça-feira, 22 de junho de 2010

F(ô)rma e F(ó)rma




A “forma” dos inconformados


Derramam-me sobre a f(ô)rma,
mas não me adéquo à f(ó)rma,
por mais que queiram me impor um padrão,
não me encaixo nas fronteiras desenhadas,
aquelas que limitam a vida a razão.

Formados e enformados,
achamos que temos toda informação,
passamos ela adiante como única solução,
no entanto esquecidos do princípio,
abandonamos o molde, que nos cabe com inteira perfeição,
tornamo-nos mais um em meio à multidão;
com isto apagamos o toque,
que sutilmente nos fez,
obra-prima de toda criação.

Deus não fez multidão, fez Eva e fez Adão;
portanto não somos seres “sem graça”,
sem o sopro da perfeição.


“...E não sede conformados com este mundo, mas sede transformados pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus...” Rm 12:2

domingo, 13 de junho de 2010

As Estações




Há tempos em que desfolhamos mostrando o que nos mantém,
Passamos a levar a vida com muito menos desdém.
Há tempos em que sopram os ventos tirando o que não é nosso,
O que ficava por fora o que te dizia: Não posso.


Há tempos que de tão gelado parece que vamos quebrar,
Sentimos até dor nos ossos que nos impedem de amar.
Há tempos de um frio interno que nos diz solidão,
Fazem-nos olhar para dentro revendo a vida então.


Há tempos que sentimos o olor próprio do nosso florir,
Aguçam os nossos sentidos coloca na face o sorrir.
Há tempos que vem o fruto nos toca o paladar,
O gosto do que produzimos e o dom de poder criar.


Há tempos de transpirar e de entender a leveza,
Andamos descontraídos deixamos de lado a tristeza.
Há tempos de luz tão intensa, mas não nos ofusca a visão,
Passamos a ver com clareza, a vida e sua expressão.