sexta-feira, 21 de maio de 2010

PALMADA!





Moleque levado da breca teimando em não dar atenção,
Levando palmada na bunda ajuda na correção.
Piá que apronta desordem, precisa de direção,
O pai que entende isso bom uso faz de sua mão.


Guria que é respondona e tem palavras ávidas,
Teria pronta resposta com algumas palmadas nas nádegas.
Até apanhei um pouquinho sentindo um leve ardor,
Nunca fiquei tristonho e nem perdi o amor.


Deixemos da PALHA ASSADA e do discurso bonzinho,
Mudamos logo de prosa se o filho é do vizinho.
Respostas? Temos pros outros, é falta da atenção.
Os meus, contudo mantenho, ao alcance das mãos!


A mão que afaga deve também dar direção.

terça-feira, 11 de maio de 2010

Há dores!






Há dores que de tão doída, parecem futucar a ferida.
Há dores que de tão forte, nos arremete a morte.
Há dores que tendo princípio, parecem que não terão fim.
Há dores que nos fazem saber, valores que devemos ter.
Há dores do corpo e dores da alma.


Há dores que são dos outros e nem tão ruim elas são.
Há dores que são as nossas e nos fazem perder a razão.
Há dores que são dissabores, da vida até então.
Há dores que são do hoje e outras que nunca serão.


As dores são marcos na história, que sempre nos traz a memória,
Invernos e também verão.
Há dores que foram ficando e outras que já não são.
As dores nos trazem o limite e nos mantém a razão,
Faz-nos evitar o perigo, de levar a vida em vão.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Deixei de crer !






Deixei de crer na incapacidade do amor suplantar o ódio.
Deixei de crer que a sisudez pode impedir seu sorriso.
Deixei de crer que a ternura é fraca e o que importa é o ego.
Deixei de crer na força do braço em detrimento do argumento.
Deixei de crer na permanência das dores e na falta das cores.
Deixei de crer na finitude sem propósito, e no eterno impossível.


Deixei de crer no opaco, no cinza e nas cinzas; como fim em si.
Deixei de crer na prepotência do tudo sou; do me basto.
Deixei de crer que o gesso nos torna imóveis e que bom é andar a deriva.
Deixei de crer em rompantes como solução e na falta de atenção.
Deixei de crer que você é menos e que a luta é desigual.
Deixei de crer na ausência do florir e que os frutos não hão de vir.


Passei a crer, que sim. É Possível !