Tem algo que percebo que ocorre com algumas pessoas. Diante
de determinadas situações enxergam no outro o possível suprimento para cobrir o
que lhe falta, existe algum mecanismo interno e sinceramente não sei explicar
como funciona, mas o resultado deste funcionamento/desajuste é visível, assim como
é um elefante tentando se esconder por detrás de um pé de alface.
Nas relações
“cibernéticas” este fenômeno é para mim mais perceptível.
Alguém se
relaciona pela internet e em um passe de mágica acha que tem o PLENO PODER do
conhecimento, ou para colocar um indivíduo em um pedestal como o super gente
boa O(A) CARA hiper valorizando atributos, ou se algo desagrada o
norte vira sul em frações de segundos, tal qual feitura de miojo. A pessoa
passa a hiperdimensionar a possível falha por ela percebida.
O que me causa
estranheza são os que não conseguem separar as relações que foram realmente
forjadas, de outras que podem ser um castelo de cartas, causa-me estranheza o
dodói VERDADEIRO que surge do que é falso, causa-me estranheza pessoas
paraquedas, que se abrem sem o tempo e altura necessários ao pular.
Emitir
opiniões de alguém a terceiros, como se o conhecimento virtual a “grande
amizade” tivesse fornecido material suficiente para um julgamento (quer para o
bem ou mal), deixa muito claro para mim a inconsistência (quase sempre) das
relações ONLINE.
Em alguns
casos busca-se no outro o que se deseja e vai sendo montando um “avatarzinho”,
uma “marionete”; se alguém interfere na feitura do mesmo, do “boneco(a)”, a
pessoa causadora da “dita interferência” se torna o tal do CHUCKY (o boneco
assassino), ele mata a imagem ilusória que foi criada.
Tem quem olhe
para o outro como se ele fosse um tipo de espelho, mas este espelho é
diferente, não reflete a imagem real, quem se contempla busca aquilo que tape
os buracos de sua alma e o torne inteiro.
Sucintamente falando, o outro serve se LHE SERVE.
Todos têm
virtudes e defeitos, não será quem for determinado por nós, que cobrirá defeitos, nem elevará virtudes.
Amigo, quando
se torna de fato ajuda sim, ampara, perdoa e embora contribua NÃO te fará ser
mais do que você realmente é, certamente nem menos, já que entende que você é
você; é exatamente por isso que são amigos.
“O outro” não é
remendo que se ajuste ao tecido de nossa alma, não cabe.
Creio que é
acima de tudo no respeito mútuo que ocorre a convivência, que por conVIVER pode ser criado verdadeiros laços de ternura.