sábado, 14 de janeiro de 2012

Prevalecer!



Houve um tempo em que não queria ter nascido; em que a dor da vida
Causava-me tamanha ferida, que quase embotava o seu real sentido.
Houve um tempo em que não sabia por que tanto doía,
Aquilo que só eu via e que por medo escondia.
Ferida que sangra trata-se e cura, mas não sangra a dor da alma,
Fica escondida e de forma desmedida nos marca e gera trauma.


Há de se ter coragem de tirar toda bandagem e expor nossa feiúra.
É durante a viagem, na vida e não na margem que se vence a agrura.
É expondo o sentimento, que mesmo em meio ao lamento,
A dor que era doída causada pela ferida, vai perdendo seu vigor.
E a cada passo dado expurgando as mazelas vai surgindo o amor.
E quem dera encontremos em meio à caminhada, botões abrindo-se em flor.


A dor na alma de gente, sempre forja aquele que sente,
E tudo o que se aflora vem do fundo e não de fora.
É aquilo que sob pressão chega ao ponto de ebulição.
E quais novidades que surgem com as coisas que urgem?
Quando aparece o fruto do que se semeia em dores,
Ele é mais viçoso, exala maior olor e sempre tem mais sabor.


Por isso no caminhar sempre espere por surpresas,
Se acaso existir penumbras a luz vencerá com certeza.
Dores nós todos sentimos nos gerando desconforto,
Precisamos em meio à jornada abrir mão do peso morto.
E seguindo adiante mudará nosso semblante,
O que outrora tristonho, passará a ser radiante.

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