A vida é muito boa, demente é quem dela enjoa.
Somar, multiplicar o riso na face,
Subtrair o problemão que mais parece uma Jubarte,
Como se fosse comê-la, não inteira, parte a parte.
Dividir a vida com quem se ama, sem desculpas, sem disfarce.
Ver as cores, sentir os olores e sabores.
Abraçar apertado que de tão amassado,
Se sente no peito de que ritmo o coração do outro é feito.
Olho no olho e não olho por olho.
Rir pra caramba, gargalhar até perder o ar,
Prantear, chorar muito sempre que a alma clamar,
Falar até cansar e ouvir sempre que alguém necessitar,
Levantar, caminhar, ir tendo para quem voltar.
Ninguém veio de passagem só para sentir a aragem,
Não é azar a falta de leito na choupana e nem sorte no castelo ter cama.
Triste, é o feio ou o bonito que pensa ser ele finito,
Que crê somente na força do braço sem dar valor ao abraço.
Quer saber uma verdade? Não importa a sua idade,
Se for novo ou se for velho, se é risonho ou se é sério,
Se é calado ou falante, em derrotas ou triunfante.
Crendo ou não, Deus te amou por sua própria decisão.
Viva a vida feliz, mas saiba, existe uma força motriz.
“Quão preciosa é, ó Deus, a tua benignidade, pelo que os filhos dos homens se abrigam à sombra das tuas asas.” Sl. 36:7