domingo, 29 de janeiro de 2012

Cada um é... cada um!


     
      Tem algo que percebo que ocorre com algumas pessoas. Diante de determinadas situações enxergam no outro o possível suprimento para cobrir o que lhe falta, existe algum mecanismo interno e sinceramente não sei explicar como funciona, mas o resultado deste funcionamento/desajuste é visível, assim como é um elefante tentando se esconder por detrás de um pé de alface.
       Nas relações “cibernéticas” este fenômeno é para mim mais perceptível.
      Alguém se relaciona pela internet e em um passe de mágica acha que tem o PLENO PODER do conhecimento, ou para colocar um indivíduo em um pedestal como o super gente boa O(A) CARA hiper valorizando atributos, ou se algo desagrada o norte vira sul em frações de segundos, tal qual feitura de miojo.  A pessoa passa a hiperdimensionar a possível falha por ela percebida.
       O que me causa estranheza são os que não conseguem separar as relações que foram realmente forjadas, de outras que podem ser um castelo de cartas, causa-me estranheza o dodói VERDADEIRO que surge do que é falso, causa-me estranheza pessoas paraquedas, que se abrem sem o tempo e altura necessários ao pular.
        Emitir opiniões de alguém a terceiros, como se o conhecimento virtual a “grande amizade” tivesse fornecido material suficiente para um julgamento (quer para o bem ou mal), deixa muito claro para mim a inconsistência (quase sempre) das relações ONLINE.
        Em alguns casos busca-se no outro o que se deseja e vai sendo montando um “avatarzinho”, uma “marionete”; se alguém interfere na feitura do mesmo, do “boneco(a)”, a pessoa causadora da “dita interferência” se torna o tal do CHUCKY (o boneco assassino), ele mata a imagem ilusória que foi criada.
        Tem quem olhe para o outro como se ele fosse um tipo de espelho, mas este espelho é diferente, não reflete a imagem real, quem se contempla busca aquilo que tape os buracos de sua alma e o torne inteiro.  Sucintamente falando, o outro serve se LHE SERVE.

        Todos têm virtudes e defeitos, não será quem for determinado por nós, que cobrirá  defeitos, nem elevará virtudes.  

        Amigo, quando se torna de fato ajuda sim, ampara, perdoa e embora contribua NÃO te fará ser mais do que você realmente é, certamente nem menos, já que entende que você é você; é exatamente por isso que são amigos.
       “O outro” não é remendo que se ajuste ao tecido de nossa alma, não cabe.

        Creio que é acima de tudo no respeito mútuo que ocorre a convivência, que por conVIVER pode ser criado verdadeiros laços de ternura.


     

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