domingo, 13 de junho de 2010

As Estações




Há tempos em que desfolhamos mostrando o que nos mantém,
Passamos a levar a vida com muito menos desdém.
Há tempos em que sopram os ventos tirando o que não é nosso,
O que ficava por fora o que te dizia: Não posso.


Há tempos que de tão gelado parece que vamos quebrar,
Sentimos até dor nos ossos que nos impedem de amar.
Há tempos de um frio interno que nos diz solidão,
Fazem-nos olhar para dentro revendo a vida então.


Há tempos que sentimos o olor próprio do nosso florir,
Aguçam os nossos sentidos coloca na face o sorrir.
Há tempos que vem o fruto nos toca o paladar,
O gosto do que produzimos e o dom de poder criar.


Há tempos de transpirar e de entender a leveza,
Andamos descontraídos deixamos de lado a tristeza.
Há tempos de luz tão intensa, mas não nos ofusca a visão,
Passamos a ver com clareza, a vida e sua expressão.

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