quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Eu quero



Não quero ser constante,
Não quero o equilíbrio que me faz ser inerte.
Quero o ir e vir, a dor e o sossego;
Quero a inquietude do que não sei.
Não quero as raízes que se aprofundam em mim; que sufoco!!
Quero ser pipa que sobe ao sabor do vento,
Que lá do alto não se preocupa com o fino fio que a retém.
Não quero ser fogo ou água simplesmente,
Quero ser fogo e água.

Quero sabores e odores, eu quero cores.
Como criança, quero o balanço e a gangorra,
Mas os quero em movimento
E não no lamento de seu abandono
Que os torna propositadamente inúteis.
Quero o vai e quero o vem dos brinquedos infantis,
Que traz o sorriso maroto e a alegria que é própria do movimento.
Não quero o lamento e o pranto do que findou,
Quero a vida que emerge do que eu sou,
Quero conhecer o desconhecido e embarcar em meus sonhos,
Quero ser o que nunca fui e me tornar mais do que serei.

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