quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Cotidiano



Aqui sentado,
Ouço as risadas e a alegria de meus filhos brincando com a mãe;
A insistência de um deles por continuar a brincadeira,
Pois a vida não impõe sobre ele a urgência do dever.
Bom seria que a vitória fosse,
À possibilidade da leveza do descompromisso,
Se coadunando com o realizar daquilo que urge.
Bom seria que o aprendizado não sacrificasse
A ingenuidade e nem a criatividade.

Tomarei um outro caminho na trajetória da maturidade,
O alternativo será a minha escolha.
Aprenderei com os pequenos que mais tempo para andar à tuna,
Não me fará menos.
Terei menos sisudez em meu semblante e rirei mais no dia a dia.
Serei aluno aplicado diante do corpo docente infantil.
Aquietarei a minha alma e sufocarei de morte a minha urgência,
Àquela que me faz viver a galope mesmo quando só preciso Planar.

Serei sim um contemplador
E voltarei no lugar aonde perdi o meu eu,
No lugar aonde embarquei em um ritmo que nunca foi meu.
Arrancarei do meu peito
O coração que bate em um compasso que me foi ditado,
Retirarei de minha mente o peso de não ser eu,
Me permitirei ser conhecido, assim como estou me descobrindo
E por descoberto estar, revelarei minha nudez
Sem medo ou temor de ser quem sou.

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