segunda-feira, 5 de outubro de 2009

A Vida!



Percebi meu envolvimento com ela quando já a alvorada se ia,
Bem antes que chegasse o ocaso; o dilema: Que escolhas teria?
Quase sendo atropelado no labor do dia,
De menino passei a homem e nem vi o que perdia,
Em alguns momentos raros em que parava ou diminuía,
Contemplava estarrecido a beleza que surgia.


Era o botão em flor que se abria,
O rio que pelas rochas descia e por insistência as fendia,
As nuvens que o sol encobria com formas que em minha mente eu lia,
O balanço que vinha e ia, a criança a se banhar na bacia,
Um gato que ao longe mia.
Todo o universo em tremenda harmonia,
Me chamando à vida e não a melancolia.


Apesar de toda correria deste ou daquele dia,
Percebi que toda magia surge não da gritaria, nem mesmo da calmaria,
Mas o que traz real alegria é não ser levado cativo e não ter a alma vazia;


Por isso hoje contemplo e dou toda primazia,
A coisas que antes nem via de tão corriqueiras que são.
A verdade é que a vida não está nos grandes momentos
Que nos deixa sem sintonia, e sim na simplicidade,
Do meu e do seu dia a dia.

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