Hamilton
Furtado e Tony Sathler
EU, com
certeza. TU, talvez. NÓS, se possível.
EU, sempre
certo, TU pra ajudar, NÓS quando EU quiser.
EU sabe
tudo, TU não sabe nada, NÓS se interessar.
EU quer
controlar, TU tem que aceitar, NÓS pra EU passar.
EU dita,
TU que repita, NÓS que não reflita.
EU
querendo impor, TU nem tem sabor, NÓS é sem valor.
EU com seu
umbigo, TU fica perdido, NÓS não tem sentido.
EU que
prevalece, TU que enfraquece e NÓS é quem padece.
EU caça,
se TU rechaça, NÓS se fortalece e o EU fica sem graça.
Se EU
domina e o TU aceita a sina, NÓS apaga igual à fraca lamparina.
Problema é
EU; quando quer ser “dEUs”
E TU, ao
se curvar aos devaneios sem avaliar
NÓS, pobre
coitado, este sim esta fadado
A jamais
encontrar aliado, já que o foco é singular.
E neste
monólogo o plural é desprezado.
A morte
vai passando. E o viver? Bem, o viver nem é notado.
Palmas! muito bom...
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