segunda-feira, 14 de novembro de 2016

Retomada!



Sentou-se à beira do caminho
O seu destino ficou pra mais tarde
E pôs-se a pensar: “Estou tão sozinho.”
O peito repleto de dores... Não guarde.

A alma apertada está no lagar?
Depois de espremida vai algo gerar?
Eis o fruto que é resultado.
Gota escorrendo do olhar marejado.

Desceu pela face como irrigando,
E de sequidão e tamanha dureza,
Foi noite em dia se transformando.
Passou a ver vida, do breu à clareza.

Ergue-se, retoma a caminhada.
Com passos suaves e alma lavada
A primazia não é o chegar,
Mas deixar as cargas e amor levar.

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