domingo, 28 de agosto de 2011

Respeitável Público!


Entra no palco o palhaço que é por muitos, querido;
Expressa por alguns instantes o papel por ele assumido.
A graça deste ofício se dá no picadeiro,
Só não venha achar que isso é verdadeiro.

Vem o malabarista com seus objetos na mão,
Sempre em movimento não deixa cair no chão.
Assim é como age o homem cheio de ardil,
Tenta manter o controle com sua conversa sutil.

Segue o trapezista com seus movimentos no ar,
Faz piruetas com o corpo elas são de pasmar.
Pessoas em nossa jornada também fazem movimentos,
Pensam ter aptidão, mas dignas são de lamento.

Entra aquele homem que anda na corda bamba,
Caminha com destreza cuida e não descamba.
Tem quem caminhe na vida tentando se equilibrar,
Achando que tem a arte da reta não desviar.

Chega o ventríloquo com seu boneco falante,
Mas é inanimado e vida passa distante.
Teimando em nos usar os que seguem este ofício,
Jogam com as palavras em seu próprio benefício.

Assim segue a vida de um grande picadeiro,
Apreensão e risadas no momento derradeiro.
Na vida é diferente não entende o “artista”,
Segue sua jornada de controle maniqueísta.

Meias palavras que tentam traçar o caminho que devo tomar,
Meias verdades que tentam ditar aquilo que devo pensar.
"Não foi isso que ele disse?" A pergunta que se faz.
E vai gota a gota minando o caminho da paz.

Pão e circo há quem compre!

2 comentários:

  1. Caro, Tony.

    Mais uma vez pegando um tema tão corriqueiro e desdobrando-o em uma mensagem que nos alimentará o intelecto por muito tempo.

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  2. Vc faz malabares com as letras de forma que elas se encaixam perfeitamente, belo show
    Quero bis...

    abraço

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