sábado, 4 de junho de 2011

A Bússola





Em meio ao mar bravio e dentro do navio, aqueles marinheiros puseram-se a questionar:

--- Qual é nossa missão e onde nos levará?

--- Diante de tal questão, que tal ao capitão esta pergunta levar?

--- Não vejo necessidade, basta o seguirmos e deixar ao “deus dará”.


Mas o que acontecia, é que o capitão do navio sabia sim o destino e o caminho a tomar. Como sair do porto, sem conhecer o destino, sem saber onde atracar?

Ao entrar na jornada, em uma árdua empreitada, aqueles marinheiros foram sem confiar?
A confiança, por eles depositada, no capitão do navio começou a se abalar.

Em meio ao burburinho causado pelas dúvidas, surge o capitão, pondo-se a falar:
--- Vocês vieram aqui e em meio à jornada, decidem me questionar? Porque não pensaram antes; ou tiveram um rompante que os fez embarcar?

Diante do questionamento, alguns dos marinheiros decidem arrazoar:

--- Confiamos sim, mas cada um de nós, pensa que outro caminho o senhor devia tomar.

--- Sabemos das cartas náuticas e que munido da bússola, pode nos orientar, mas quem sabe outro caminho ao destino seguro também não nos levará?

O capitão resoluto diante de tal afronte brada em alta voz, para quem quer ou não escutar:

--- Adentram em meu navio e em meio ao mar bravio decidem me desafiar?
Tendo a ser razoável, respeitar opiniões; mas o Sul não é o Norte e para o caminho seguir, existe certos padrões a se considerar.
Querem tomar outro rumo, seguindo opiniões? Saibam que este navio não é de um marinheiro e vários capitães.
Atentem para o disparate do que ocorre aqui. Embarcam em uma jornada e em meio a ela duvidam do que seguir? Para onde foi a certeza que os fez confiantes do rumo que foi tomado? Os seus desejos mudarão o norte de lado? O que foi estabelecido passou a não ser bem assim?

Como palavra final, tenho a lhes dizer. Que infeliz criatura se torna uma pessoa, que em meio ao caminho tenta o distorcer. O mapa e a bússola não se adequarão ao meu ou ao seu querer, portanto tomem intento e mesmo que em tormento decidam o que será.

Seguirá de verdade o rumo sem o querer distorcer, ou cederá aos desejos que habitam em seu ser?



Já foi a muito escrito o caminho a tomar, querer adequar a verdade para me enquadrar é sabotar a mim mesmo, é tentar me enganar.
Triste ilusão daquele, que se acha senhor da razão; buscando se justificar apela para distorção, busca agregar pessoas, como se o volume fizesse a verdade mudar, como se multidão pudesse o pecado aplacar.

“Lâmpada para os meus pés é tua palavra, e luz para o meu caminho” Sl 119:105

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