terça-feira, 26 de outubro de 2010

Estadia



Bateu levou, olhou e viu, subiu caiu, regou molhou, tombou rolou a dor sentiu.
Andou chegou, sorriu mostrou, falou ouviu, comprou pagou, roubou fugiu.
Amou cantou, som emitiu, doeu rompeu, quebrou vazou, colou uniu.
Plantou brotou, ergueu ruiu, nadou molhou. Sumiu, mas viu, azul anil.
Rasgou coseu, ta claro e breu, não quer nem eu, matou cozeu, serviu comeu.


Rachou moeu a dor sentiu, cortou sangrou, não estancou, morte chegou.
Se decidiu, a cruz seguiu, sofreu ou riu, nasceu cresceu, depois subiu.
Florir sorrir, melhor pensar, se decidir do que seguir com ter sem ser.


Quem sabe cabe dentro do peito levar a vida de um novo jeito?
Quem sabe agora e não outrora, é o momento que se aflora?
Quem sabe o tempo que é vivido apague aquilo que foi sofrido?
E bem mais tarde... Lá no ocaso, verás que nada foi por acaso.